26 de dezembro de 2010

Merry Xmas!

E porque nesta altura a união entre todos é mais forte desejo a todos um óptimo Natal e que o novo ano comece com o pé direito :)









Namasté!

8 de dezembro de 2010

Terapia Reiki: o que é?

Reiki é uma terapia baseada na canalização da energia universal através da imposição de mãos em diversos pontos do corpo com o objectivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural (seja ele emocional, físico ou espiritual), podendo eliminar doenças e promover a saúde.

Apesar de variados relatos sobre sua eficácia, a Reiki é ainda pouco reconhecida pela medicina.

A sua prática assemelha-se com as práticas budistas de canalizar a energia universal pela imposição das mãos, redescoberta no Japão no início do século XX pelo Dr. Mikao Usui e introduzida nos Estados Unidos da América por volta de 1940 pela Sra. Hawayo Takata, uma americana de origem japonesa.
A fonte de tal energia, aliás é motivo de grande polémica entre os reikianos de variadas ordens do sistema.

Como o conhecemos hoje, o Reiki é uma terapia holística natural que preconiza que, através da imposição de mãos do Terapeuta Reiki, irradiam-se as vibrações de harmonia da energia vital do Universo (Rei) para restabelecer o equilíbrio da energia vital (Ki) de quem o recebe, podendo refletir assim nas zonas doentes do corpo de um paciente.

Algumas escolas ensinam que o Reiki entra nos seus praticantes através do sétimo chakra (a Coroa), preenche o sistema energético subtil do praticante, e após ser transubstanciada no chakra Cardíaco, flui através das suas mãos para o corpo de quem recebe.
Outras escolas ensinam que a energia entra através do primeiro chakra (raiz), preenche a aura, torna-se centrada no quarto chakra (coração) e flui através das mãos do praticante.


O Sistema de Reiki tradicional (Dr. Usui) ensina que a energia Reiki é uma energia inteligente, que "sabe o que fazer", ou seja, a energia sente a necessidade do paciente: muda de cor, e até de intensidade e segue para o local necessário. Também afirmam que, por outro lado, o ser humano possui o livre arbítrio, e caso o paciente não esteja aberto ao tratamento (predisposto a enfrentar as causas de suas emoções, vivências, pensamentos, sentimentos, e acções) a energia não fluirá: não terá efeito duradouro no organismo, podendo até mesmo ser bloqueada pelo paciente. Nesse caso, o desequilíbrio energético persistirá, assim como a raiz do problema íntimo.

Segundo a visão holística antes de se manifestarem no corpo, as doenças são criadas a nível energético: manifestam-se nas várias camadas da aura a terminar com a última manifestação física que é o corpo humano. O Reiki actua nas camadas subtis da aura: age no mundo invisível, e quando remove o padrão energético do desequilíbrio em todas as camadas a manifestação física é a cura do paciente.
Neste sentido, algumas pessoas têm o que eu chamo de blocos energéticos que não deixam que a mesma flua, causando desequilíbrio. Através do Reiki esses blocos são dissolvidos fazendo com que a energia flua normalmente.

O tratamento é tradicionalmente efectuado ao impor-se as mãos. O Reikiano solicita ao paciente para se deitar. Em seguida há a imposição das mãos do reikiano sobre o paciente. O reikiano actua como um canal para a energia Reiki, a energia flui da palma de suas mãos (chakra das mãos) para o corpo subtil e físico do paciente. Normalmente, o Reikiano aplica as posições do reiki que utilizam um esquema semelhante à posição dos meridianos e chakras da Acupuntura e Shiatsu.

Posições das mãos no Reiki.
Alguns praticantes tocam no corpo, outros mantêm as mãos próximas (10 a 20 cm) do local a ser tratado. A energia Reiki não possui barreira física: pode ser enviada ao passado, ao futuro ou no presente à distância através da utilização de símbolos - Técnicas ensinadas aos reikianos de maior graduação - e através de barreiras físicas: pode promover limpezas do ambiente. Ela é usada com muita eficácia nos animais de estimação posto que, as barreiras mentais à cura são menores que na maioria dos seres humanos.

Símbolos ensinados no II nível de Reiki.
Alguns pacientes relatam sentir várias sensações subjectivas e objectivas: calor, frio, pressão, sonolência, vibrações, etc. Os praticantes de Reiki atribuem estas sensações à energia Reiki chegando ao corpo e à aura de quem a recebe. É normal no início do tratamento o paciente sentir a reacção de limpeza que consiste num agravamento do estado negativo do paciente, que cessa logo que o bloqueio seja totalmente retirado. Durante esse período (variável para cada paciente) é comum os sentimentos que estavam guardados como rancor, raiva, sonhos, medo, ou outros serem revividos - até afastamentos de amigos, namorado(a)s ou pessoas perniciosas que prejudicavam a vida do paciente. Durante essa chamada desintoxicação energética é comum durante essa fase de alguns dias ou meses, a desistência de pacientes que não estejam preparados para se libertarem completamente dos problemas energéticos. Depois de passada essa fase, o paciente pode experimentar (dentro de suas permissões) ficar livre dos bloqueios e o Reiki é sentido como uma energia sublime de puro amor.

O Reiki repara necessidades energéticas: desbloqueia nós dos canais energéticos, traz mais energia onde o fluxo era menor ou redistribui energia presa nalgum local para o restante do corpo através do desbloqueio. Alguns pacientes nada sentem, outros relatam sentir muito pouca ou nenhuma alteração, mas é comum para a maioria a sensação de relaxamento ou sono.

Os cinco princípios do Reiki
O que é considerado como princípios do Reiki, na verdade para os japoneses e antigos praticantes do Reiki é um Kotodama, ou conjunto de preceitos que devem ser repetidos pela manhã e pela noite por possuir uma alma e por isso possuir energias curativas. São eles:

Apenas hoje, não se irrite.
Apenas hoje, não se preocupe.
Apenas hoje, agradeça suas bênçãos e seja humilde.
Apenas hoje, ganhe a vida honestamente.
Apenas hoje, seja gentil e amável com todos os seres vivos.


Para Usui Sensei, estes ensinamentos deveriam ser tratados como mantras e por isso sempre recitados para que se possa alcançar paz e iluminação.














Namasté!

3 de dezembro de 2010

Os Mantras

Um mantra (tib. ngag / sngags, jap. shingon), proteção mental, é uma série de sílabas místicas que invocam a energia de um buddha ou bodhisattva. A repetição (sânsc. japa) de mantras no Vajrayana é tão importante que o buddhismo esotérico também é chamado Mantrayana, o Veículo do Mantra. Existem também os dharanis, mantras mais longos, e as sílabas semente (sânsc. bija) que sintetizam a essência da mente iluminada.
Os mantras Tibetanos são entoados como orações, repetidas.

Para algumas escolas, especificamente as de fundamentação técnica, mantra pode ser qualquer som, sílaba, palavra, frase ou texto, que detenha um poder específico. Porém, é fundamental que pertença a uma língua morta, na qual os significados e as pronúncias não sofram a erosão dos regionalismos por causa da evolução da língua. Existem mantras para facilitar a concentração e meditação, mantras para energizar, para adormecer ou despertar, para desenvolver chakras ou vibrar canais energéticos a fim de desobstruí-los.

Mecanismo de funcionamento
Ao longo dos anos, os ocidentais que chegaram ao oriente tentaram explicar porque os mantras produzem os efeitos esperados. John Blofeld, que estudou por dentro as culturas indiana e chinesa, notou que não é necessário saber o significado das palavras ditas.
Alguns psicólogos ocidentais defendem que o mantra possui uma energia sonora que movimenta outras energias que envolvem quem o entoa. Blofeld observou que não importa a correcção da pronúncia: encontrou o mesmo mantra entoado de forma muito diferente em países diversos, e sempre produzindo os efeitos esperados.
Outra explicação seria a mesma usada para o efeito dos mudras: um gesto repetido por tantas pessoas durante tantos séculos que criou um tipo de caminho energético - que podemos chamar de marca no akasha, ou no inconsciente colectivo - que é rapidamente seguido pela psique da pessoa que o executa.
O fundamento filosófico da escola hindu Mimamsa influenciou o uso de mantras no buddhismo Mahayana e Vajrayana.
Nalguns sistemas hindus, diz-se que os mantras são sons primordiais que possuem poder em e por si mesmos. No tantra buddhista tibetano, os mantras não têm tal poder inerente — a menos que sejam recitados por alguém com uma mente focalizada, eles são apenas sons. Porém, para as pessoas com uma atitude adequada, os mantras podem ser poderosas ferramentas que ajudam no processo de transformação.
(John Powers, Introduction to Tibetan Buddhism)
Já que as sílabas dos mantras são os símbolos ou marcas do Dharma, elas são definidas como o selo de todos os buddhas. Já que a divindade e o mantra não são diferentes, elas são definidas com divindades por todos os yogis. Já que estas marcas têm a habilidade de abençoar o fluxo mental dos seres sencientes, elas são definidas com buddhas. Já que as bençãos dos tathagatas estão misturadas com os fenómenos do amadurecimento kármico, elas são definidas como aparência. Já que a sabedoria dos buddhas abençoou as sílabas, elas são definidas como indivisíveis.

(Jamgön Kongtrül Lodrö Thaye, The Light of Wisdom)
Um mantra não é nem uma "palavra mágica" nem um "encantamento". É um instrumento da representação e concentração mentais e por isso um recurso do poder mental (mas não de forças sobrenaturais). A raiz man significa "pensar", enquanto o sufixo tra exprime um instrumento, um recurso de accionamento. O efeito do mantra não depende, por conseguinte, de sua entonação — este é outro mal-entendido amplamente divulgado —, mas sim da atitude mental, das associações conscientes e inconscientes que são criadas através da intuição e dos exercícios a ela ligados.
(Lama Anagarika Govinda, Reflexões Budistas)
A relação entre a fala, a respiração e o mantra pode ser melhor demonstrada através do método pelo qual o mantra funciona. [...] Através da pronunciação repetida, pode-se obter controlo sobre uma determinada forma de energia. A energia do indivíduo está fortemente ligada à energia externa, e uma pode influenciar a outra. [...] É possível influenciar a energia externa, efectuando os assim chamados "milagres". Tal actividade é realmente o resultado de se ter controlo sobre a própria energia, através do qual se obtém a capacidade de comando sobre fenómenos externos.
(Chögyal Namkhai Norbu, Dzogchen)

O mantra mais conhecido do buddhismo tibetano é Om Mani Padme Hum (os tibetanos pronunciam Om Mani Peme Hum), associado ao bodhisattva da compaixão, Avalokiteshvara. Nesse mantra, a sílaba Om representa a presença física de todos os buddhas. A palavra Mani, que em sânscrito significa jóia, simboliza a jóia da compaixão de Avalokiteshvara, capaz de realizar todos os desejos. A palavra Padme significa lótus, a bela flor que nasce no lodo; do mesmo modo, devemos superar o lodo das negatividades e desabrochar as qualidades positivas. A sílaba Hum, representando a mente iluminada, encerra o mantra.
Os mantras nem sempre possuem um significado claro e muitos deles são compostos por sílabas aparentemente ininteligíveis. Mesmo assim, eles são efectivos porque ajudam a manter a mente quieta e pacífica, integrando-a automaticamente na concentração. Eles fazem a mente ser receptiva às vibrações muito subtis e, portanto, aumentam sua percepção. Sua recitação erradica as negatividades grosseiras e a verdadeira natureza das coisas pode ser reflectida na claridade resultante na sua mente.
(Lama Zopa Rinpoche, Wisdom Energy)
Como actuam os mantras? O som exerce um poderoso efeito sobre nosso corpo e mente. E pode acalmar-nos e dar-nos prazer ou ter influência desarmoniosa, gerando uma sensação subtil de irritação. O mantra é ainda mais poderoso do que um som comum: é como uma porta que se abre para a profundidade da experiencia. Visto que os mantras não têm sentido conceitual, não evocam respostas pré-determinadas. Quando entoamos um mantra, ficamos livres para transcender os reflexos habituais. O som do mantra pode tranquilizar a mente e os sentidos, relaxar o corpo e ligar-nos com uma energia natural e curativa.
(Tarthang Tulku, A mente oculta da liberdade)
Recitamos e meditamos sobre o mantra, que é o som iluminado, a fala da divindade, a união do som com a vacuidade. [...] Ele não possui uma realidade intrínseca, é simplesmente a manifestação do som puro, experienciado simultaneamente com sua vacuidade. Através do mantra, não nos apegamos mais à realidade da fala e do som encontrados no quotidiano, mas experienciamo-los como sendo vazios. Então, a confusão do aspecto da fala de nosso ser é transformada na consciência iluminada.
(Kalu Rinpoche, The Dharma)
O meu mantra preferido é sem dúvida o mantra do coração: GATE GATE PARAGATE PARASAMGATE BODHI SVAHA.

Traduzido literalmente:

Foi, foi (Gate Gate), Foi além (Paragate), Foi completamente para a outra margem (Parasamgate), Chegou à iluminação, que maravilha (Boddhi), Que assim seja, que se manifeste (Swaha).
Também chamado de MANTRA DO CORAÇÃO, ou Mantra da Sabedoria Transcendental, o GATE, ao ser entoado, protege a mente de todos os medos. Com isso, ele ajuda-nos a atingir o equilíbrio necessário para a transição ao estado que os budistas chamam de iluminação. Ou seja, este mantra estimula-nos a ir além, ajudando-nos a atingir o nosso melhor e a nossa Luz interna.


http://www.youtube.com/watch?v=a41PjF6czRU&feature=player_embedded

Mantra usado para colocar por cima da porta pelos monges budistas.